Wednesday, September 17, 2008

O "pai babá"

Não frequento parquinhos (apesar dos inúmeros espalhados pela cidade), não conheço mães de bebês da idade do Max, e meu único contato com algumas é virtual, através da leitura de blogs específicos. Um deles, esses dias, abordava o que a autora chamou de “vingancinha”. No texto, ela falava das mães inconformadas com seus maridos que, viajando a trabalho, podem desfrutar de uma ou mais noites “inteiras de sono”. Se sentiam extremamente injustiçadas, pobres mães que têm que acordar a noite inteira pra alimentar seus bebês. Por isso, quando o marido volta de viagem é a hora da dita “vingancinha”. Se divertindo muito, contam que deixam o bebê a noite toda por conta dos maridos, mesmo que o peito estivesse estourando de tanto leite.
A dona do blog estava inconformada. Eu respeito e apóio totalmente a indignação dela. Como assim? Que mãe é você que contraria a natureza pra se vingar do seu marido? Que marido, que casamento, que união é essa? Não entendo.
Como disse não frequento parquinhos e cuido do meu filho sozinha com a ajuda do Mauro (sempre que ele pode e muitas vezes só porque ele quer). Não preciso da ajuda “babá” dele. Essa dou conta sozinha. Tenho marido (e jamais teria filho sozinha) justamente porque quero a ajuda maior que o Mauro pode me dar. Quero do pai do meu filho o companheirismo pra entender minhas neuroses e como elas podem afetar a criação, saúde mental do Max. Preciso do Mauro porque respeito absolutamente a cabeça dele, o entendimento dele das coisas, a visão prática e ampla que ele tem das pessoas. Essas, além de outras, fazem parte das virtudes pelas quais me apaixonei e quis ter um filho com ele. O dia que eu precisar de uma babá (que não falta pras ditas cujas do parquinho, diga-se), contrato uma, se puder ou , se não, a gente conversa. A "vingancinha" é que me incomoda. Por hora, eu posso cuidar do Max sozinha assim como o Mauro também. Dar de “mamá”, trocar fralda, fazer dormir, acordar à noite. Dá um trabalhão sim, mas eu quero pensar que o pai do meu filho é muito, muito mais do que isso pra mim e, principalmente, pro Max.

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