Friday, November 18, 2011

Mocinho x Bandido

Último domingo, na saída da padaria Maria Louca, uma chuva torrencial. Deixei o Max e a Leah com minha irmã e fui buscar o carro. Quando cheguei na porta da padaria pra pegar as crianças, vi que estava acontecendo um tumulto estranho. Desci do carro, peguei a Leah e a coloquei na cadeirinha. Ao me virar pra buscar o Max, vi que dois seguranças da padaria (toda padaria agora tem segurança na porta? dá pra ser mais absurdo que isso?) haviam rendido um garoto, pouco mais de 20 anos, sem camisa (sem caráter sexual pessoal, é que é importante pra história, tá?). Fiquei entre deixar a Leah sozinha e pegar o Max ou deixar o Max (sem a mãe ainda significa sozinho pra mim) pra ficar com a Leah ... medo.
Meio desnorteada, sem saber o que fazer, comecei a falar bem alto, sem querer sair do lado da Leah, perguntando pelo Max. Queria garantir que lá dentro tava tudo certo. Minha irmã sabiamente já havia entrado com ele. Alguém de dentro da Maria Louca gritou que meu filho estava ali e tava tudo bem. Voltei pra dentro do carro pra esperar o fim da história. Ao término, peguei meu filho rápido e fomos embora pra casa.

- Mamãe, por que aqueles homens estavam fazendo maldade?
- Que homens meu filho? Era um único rapaz deitado no chão. Não sei o que ele fez.
- Mas quem tá no chão, sem camisa é que é o bom, mamãe. Colocar alguém deitado no chão, na chuva, sem camisa é muita maldade.

Esse é meu filho... amado filho, salve, salve...

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