Friday, May 23, 2014

"Seu neto"

Max,

No dia 8 de abril deste ano, seu avô me mandou o email abaixo.

Acho que você precisa saber dessa emoção, dessa felicidade que você deu para seu avô nesse dia.

Segue, na íntegra.

 
Hoje, o Max se superou em suas "sacadas". Eu ia te contar pessoalmente, mas sei que vou me emocionar e vou acabar chorando de novo, da mesma forma de quando contei para sua mãe.
 
Lá pelas 10,30h, a Leah, depois de ter tomado café novamente aqui em casa (digo novamente, por que ela disse que já havia tomado na casa dela), me perguntou se o almoço estava pronto. Fiquei impressionado. Respondi que ainda era cedo e que seria melhor a gente ir até a praça e brincar um pouco. Os dois toparam na hora.
 
Depois de algum tempo na praça, o Max, de cima daquela armação de ferro, olhou bem para mim e perguntou: (vou escrever exatamente como ele falou)
 
"Vovô, quando  eu tiver filhos você vai estar vivo, né?".
 
Eu respondi que a gente nunca sabe com certeza. Pode ser que o vovô esteja vivo, ou não.
Ele argumentou que "as pessoas estão vivendo mais. Veja a Bisa: ela é muito mais velhinha que você".
 
Eu respondi que, às vezes, não é tão bom viver tanto. A Bisa, por exemplo, muitas vezes não sabe quem é a vovó, quem é a mãe dela, mistura a vovó, a sua mamãe e a tia Gi, como fossem a mesma pessoa, e outras confusões.
 
Terminei dizendo: Já pensou, que chato seria se o vovô perguntasse a você  sempre que a gente se encontrasse, "quem é você"?.
 
Ele me olhou do alto daquela armação de ferro e disse simplesmente: "Vovô, eu não vou me importar nenhum pouquinho em te responder, todos os dias, que eu sou o seu neto". Ou seja, não morra se o problema for esse.
 
Dá para não se emocionar?
 
Beijo

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